quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Criador do leilão da virgindade de brasileira pode ser preso por tráfico de pessoas no país


A brasileira Ingrid Migliorini, mais conhecida como "Catarina", vendeu sua virgindade por mais de R$ 1,5 milhão, mas, se depender do subprocurador-geral da República João Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho, ela pode ficar sem um tostão. 

Mello Filho quer que o diretor do documentário Virgins Wanted (Procura-se Virgens, em tradução livre), Justin Siseley, que patrocinou o leilão da virgindade da brasileira e vai produzir um filme sobre a história, responda pelo crime de tráfico de pessoas. 

O subprocurador disse que ficou sabendo que o australiano Sisely, idealizador do projeto, está vindo para o Brasil com Catarina, e que tentará acionar o Ministério Público para que ele responda pelo crime. 


De acordo com o subprocurador, “não há dúvida” de que o leilão se trata de um crime.

— Aliciar uma brasileira para se prostituir no exterior é crime, não há dúvida. [...] A prostituição em si não é crime. Ela faz do corpo dela o que ela quiser. [...] Não há a intenção de cercear a liberdade. [...] O problema é que um produtor de TV está ganhando dinheiro em cima disso.

O subprocurador afirmou que, mesmo que o ato sexual ainda não tenha acontecido, o crime já ocorreu. 

— O simples aliciamento já é um crime: aliciar a mulher brasileira para cometer prostituição do exterior. [...] Nessa medida, o Brasil deve interceder junto às autoridades australianas.

Ele ainda afirmou que o leilão de virgens “ocorria no circuito clandestino, em bordeis”, mas que “o problema maior agora é que isso foi feito abertamente”.

— É uma zombaria de nossas leis, para todo mundo ver. 


O subprocurador enviou um e-mail para o Ministério das Relações Exteriores, na última sexta-feira (26), pedindo que o Brasil interceda junto ao Estado australiano para que o visto de Catarina seja retirado e ela seja deportada.  

Fonte: Acopiara Notícias

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